Paul Buchheit desenvolveu o Gmail como um projeto paralelo enquanto trabalhava na Google; Joel Gascoigne idealizou o Buffer (aplicação para gerir redes sociais) quando era programador freelancer e Mark Zuckerberg lançou o Facebook no dormitório da universidade.
Muitas das ferramentas e aplicações que utilizamos diariamente nasceram assim: como projetos paralelos à vida profissional ou académica, para tentar resolver determinadas necessidades.
Podes até não te vir a tornar no próximo Buchheit, Gascoigne ou Zuckerberg, a ganhar dinheiro com uma ideia fora da caixa e a ter um negócio milionário.
Mas se nunca tentares nunca vais saber. E desenvolver um projeto pessoal é uma excelente oportunidade para descobrires isso e não só.
Construir uma aplicação, criar uma plataforma online, escrever artigos para um blog, produzir vídeos para o YouTube, vender artigos numa loja virtual, etc., tens muitas possibilidades à escolha. Opta por algo que gostes mesmo de fazer, que sintas paixão.
Independentemente de vir ou não a ser rentável, começar um projeto que seja paralelo à nossa rotina diária traz imensos benefícios. Tanto que nos últimos anos algumas empresas adotaram na sua política de trabalho este método.
É o caso da Google, que incentivou os colaboradores a utilizarem 20% do seu tempo em projetos do seu interesse, com o objetivo de promover a criatividade e inovação. Foi assim que surgiram o Gmail e o AdSense.
Um projeto pessoal aumenta a criatividade
No nosso dia-a-dia, muitas vezes não temos oportunidade para desenvolver o nosso lado mais criativo. Na escola, queremos ter boas notas, passar de ano e tirar um curso. Depois, quando chegamos ao mercado de trabalho, estamos preocupados com os resultados, em terminar as tarefas a tempo e a horas ou em agradar ao nosso chefe.
Na nossa rotina diária, a criatividade é normalmente deixada de parte porque não temos tempo, temos medo de falhar ou simplesmente ninguém nos incentiva a isso.
Desenvolver um projeto pessoal com o qual nos identificamos ajuda-nos a ser mais criativos e inovadores, a experimentar coisas novas, a ser original, a arriscar e a errar, a sair da nossa zona de conforto.
Temos total liberdade e autonomia para colocar as nossas ideias em prática e fazer todas as mudanças que bem entendemos.
Permite desenvolver competências
Ter um projeto pessoal também é uma ótima oportunidade para desenvolvermos novas competências, tanto a nível profissional como comportamental. Na universidade, aprendemos habilidades específicas para exercer uma determinada profissão. Depois, quando começamos a trabalhar, é provável que apenas desempenhemos uma função.
Com um projeto pessoal temos de fazer tudo sozinhos: desde o design à programação, da escrita ao marketing, do vídeo à gestão. Se não soubermos alguma coisa, vamos ter de aprender.
Para além disso, como é uma atividade paralela à nossa rotina diária e controlada apenas por nós mesmos, permite-nos desenvolver competências como a gestão de tempo, capacidade de resolução de problemas ou o planeamento.
Se desenvolveres um projeto na tua área de formação, este pode ainda ajudar-te a adquirir experiência profissional, caso ainda não a tenhas. Descobre outras opções para ganhar experiência antes do primeiro emprego.
Ajuda a ganhar visibilidade
Criar um projeto pessoal ajuda-nos ainda a ganhar visibilidade. Ao fazermos algo que realmente gostamos, vamos empenhar-nos e dar o nosso melhor.
Vamos mostrar ao mundo os nossos interesses e paixões, o nosso valor, as nossas competências, aquilo que somos capazes de fazer.
Se for bem feito, mais cedo ou mais tarde, o teu trabalho será reconhecido e recompensado. Mesmo que os resultados não sejam imediatos e que não consigas retorno financeiro, só depende de ti para mudar isso.
Créditos da Imagem: Rawpixel.com/Pexels
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